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Morte de João Alberto Freitas em Porto Alegre completa um ano

Homem negro foi espancado e morto por seguranças no estacionamento do Carrefour do bairro Passo D’Areia

19/11/2021 | 7:17Correio do Povo

A representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), vinculado a Seciju, Edilma Barros, afirma que é necessário conhecer as expressões preconceituosas ao povo negro e moldar o vocabulário para não reproduzir discursos racistas. “O racismo tem muitas expressões e palavras que se tornaram culturalmente usuais no Brasil e perpetuam o preconceito. Até a palavra “doméstica”, por

Completa, nesta sexta-feira, 19, um ano da morte de João Alberto Freitas, o Beto, de 40 anos, espancado e morto por dois seguranças brancos no estacionamento da unidade do Carrefour, no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre, às vésperas do Dia da Consciência Negra. O crime foi registrado em vídeo por testemunhas e as imagens “viralizaram”, reproduzidas em veículos de comunicação de todo o mundo, chocando pela brutalidade do ataque.

Beto foi levado da área onde ficam os caixas do supermercado para a entrada da loja, onde começou uma briga. As testemunhas do assassinato chegaram a acionar equipes de socorro, que não chegaram a tempo de salvar a vítima, que morreu na frente da esposa Milena Alves. A perícia indicou que a causa da morte tenha sido asfixia. Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação no homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa de Beto. 

O TAC foi celebrado entre o Carrefour e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS), a Defensoria Pública da União e as entidades Educafro e Centro Santo Dias.

Já, no último dia 4, a empresa Vector assinou TAC com a DPE/RS e se comprometeu a investir R$ 1,79 milhão, valor que será direcionado ao combate ao racismo estrutural, à discriminação e à violência. Os funcionários serão treinados e uma ouvidoria independente também deverá ser criada. 

Outro compromisso da empresa é aumentar seu quadro de trabalhadores negros, com metas anuais. A empresa de segurança também se comprometeu a não contratar pessoas que tenham ou tiveram registros criminais relacionados a organizações criminosas, atividades de milícias ou crimes de racismo e injúria racial. O caso gerou repercussão internacional, motivando protestos de movimentos ativistas e ações sociais lembrando o fato.

fonte: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADcia/morte-de-jo%C3%A3o-alberto-freitas-em-porto-alegre-completa-um-ano-1.725924